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dia 18 de junho de 2016
dia 18 de junho de 2016

História verídica no Hospital Pedro Hispano

 

Foi destaque de notícia no dia de ontem com o título "Impacto da crise na saúde".

Um dos sectores duramente atingido, a saúde, regista um significativo aumento de ansiedade, depressão e suicídios originados pela crise em que o país atravessa. Porém, esta notícia não é totalmente esclarecedora - falta divulgar o que se passa em pleno século XXI nos hospitais públicos.

Por experiência própria, e sem medo, revelo que os doentes que necessitam de internamento "sentem na pele".

O número de enfermeiros é reduzido, assim sendo, o atendimento é demorado, e por vezes, até mesmo esquecido. Não culpo os enfermeiros pelo facto, fazem o que podem e com um esforço excepcional. Coitados, não têm quatro braços.

O doente, não tem direito sequer a uma garrafa de água, se encontrar um auxiliar simpático que se dirija ao bar para a comprar tem a sorte do seu lado, senão, espera pela hora das visitas nem que seja apenas no dia seguinte. Enquanto isso, e se a sede apertar, é colocado em cima da mesa de cabeceira um jarro com água da torneira, para as duas pessoas que ocupam o quarto. E copo? Espera-se pela hora da refeição para termos a lata de ficarmos com o copo, é falta de educação, mas a necessidade assim o obriga.

A medicação diária do doente o hospital não a fornece, tem de ir na mala como se fosse um pijama extra. O curioso da situação é que não avisam, temos de ser bruxos.

Quando as dores apertam e se tornam  insuportáveis, há perto da cabeceira da cama um botão vermelho para se chamar alguém que esteja de serviço, mas esse funcionamento de outrora não funciona mais. O doente que esperneie o quanto quiser, que rasgue os lençóis ou que se atire abaixo da janela. A medicação seja para o que for, só na hora da mesma. Notavelmente, a medicação nos hospitais é racionada.

Em relação aos médicos, notoriamente estão a trabalhar de má vontade e vingam-se no doente, o tratamento é abaixo de cão.

Embrulhados em crise profunda, ao contrário do que diz a aberração da natureza José Sócrates, não sofrem apenas uns, mas todos sem exceção.