Não, não é mentira.

Feliz aniversário, filho querido.

Como sabes, a distância de duas horas e meia, tornou-se infinita. 

A nossa vontade é maior do que todos os oceanos juntos, mas não será possível voar para aí.

Também, podias voar até ao teu lar de raíz, onde os teus pais estão sempre de braços abertos para o abraço da mais linda primavera.

Não é um abraço qualquer.

É o abraço do melhor de nós, das lágrimas derramadas pela espera, da tua graciosa companhia, da felicidade de poder dar-te aquele beijo terno.

Os abraços e os beijos virtuais, são pura fantasia, têm um sabor insípido, tal como neve gelada em pleno verão.

Como queríamos ser borboletas, não pela beleza, mas pela liberdade de voar para onde o doce nos chama.

Desejámos que esta fase sombria seja passageira como o despertar de um pesadelo, e, cá ou aí, acreditámos que o nosso abraço será o mais belo pôr do sol.

Com todo o nosso amor, feliz dia!