uma inquilina desconhecedora de regras
instalou-se sem autorização
no planeta onde reinava
gente pavão, egoísta e sem coração
essa vagabunda com nome,
com rosto e sem compaixão
nossas rotinas veio alterar
com celeridade e obrigação
os beijos e os abraços fugiram
a tamanha praga em gestação
tantos filhos malévolos tem parido
os afetos, não sabemos quando voltarão
a Primavera regressou com esplendor
mas de semblante triste e comiseração
a distância tornou-se extensa
a saudade, desespero mais preocupação