Tempo
Sou mais velha que o tempo, antes do tempo eu nasci
Nem assim me respeita, descortês como nunca vi
Incapaz de descansar um segundo, prepotente faz questão de ser
Para trás não volta o tempo, à sua frente vamos todos a correr
Imponente, cheio de autoridade, não há quem o enfrente
O relógio é o seu fiel soldado, e gozam com toda a gente
Certinho que nem a morte, dá horas, minutos e segundos
Não adianta dele fugir e sair pela porta dos fundos
Se atrás dele correr, perderei o meu tempo
A pé ou de bicicleta, nem às costa do vento