Hoje não fomos brilhantes, mas fomos o suficiente.
O Benfica não é apenas um clube, muito menos uma mera instituição. O Benfica é uma nação repleta de adeptos que vivem as suas vidas em torno duma chama imensa. Todos os passos da minha vida e dos meus são conduzidos consoante os jogos do nosso amor. Só momentos imprevistos nos afastam de ver os jogos, no estádio, em casa, no café, em casa de um familiar ou amigo, com o rádio colado à orelha, ou até mesmo nas recentes tecnologias. Não importa como, mas os jogos do nosso amor são como o ar que respiramos. Os Benfiquistas não se alimentam apenas de alimentos, alimentam-se também de paixão. Sempre fomos os melhores adeptos do mundo, os que enchem estádios e acompanham a equipa por mais íngreme que seja o caminho a percorrer. Nos bons e maus momentos, nós somos sempre Benfica. Não esqueço a derrota na final da Liga Europa frente ao Chelsea, em 15 de Maio de 2013, um jogo pautado por uma soberba exibição que nos traiu pelas não concretizações. A nossa equipa foi esperada, quer no aeroporto quer no estádio, por uma tarja que dizia: "Estamos aqui para vos apoiar, não para criticar. O vosso esforço e as vossas lágimas valem mais do que a taça." Isto é ser Benfiquista! E hoje, mais uma vez, jogamos como se fosse uma final. Não foi um dia de jogo como outro qualquer. Foi um dia de jogo especial, não por ser o jogo que nos poderia oferecer mais um título, o 34º. Hoje foi um dia de jogo especial para todos os Benfiquistas e amantes de futebol, jogamos com o V. Guimarães no estádio Dom Afonso Henriques, estádio que faz parte da história deste clube, onde o seu relvado amparou o sucumbir do mais belo sorriso da história do futebol. Foi um acontecimento que marcou o mundo encarnado, mas que nos tornou ainda mais fortes. Somos mais unidos, uma família abalada torna-se sempre mais forte. E hoje, desculpem-me não mencionar todos os que mereciam que lhes dedicasse este título. Hoje, foi por ti Miklós Fehér. Mais um título conquistado com mérito e muito colinho, como andam para aí a moer os nossos rivais de estimação. Mas um colinho que eles desconhecem, somos campeões com o colinho dos nossos adeptos, os que enchem os estádios e apoiam até que a voz lhes doa.
17MAI2015